segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Só.



Domingo, garoa fina, frio, céu nublado...
Mais um dia como tantos outros, de tentar arrumar a bagunça (permanente), de pensar na semana que começou. Um momento de reflexão sem inspiração, de estudar o atrasado, um dia que poderia ser diferente talvez. Experimento dar uma sacudida e animada no espírito, saindo um pouco para espiar o tempo. Teve jeito não.
Foi difícil não sentir o que se tenta afastar num dia como esse: a tal da cruel saudade. Palavra ímpar, que dizem só existir em português, chegou sem pedir licença. Entrou, puxou a cadeira e, pediu um café amargo, fumou um cigarro qualquer e pôs-se a me incomodar, com uma tal resistência,tento esquecê-la por alguns segundos ,por fim, recebi um direto de direita, que me derrubou rapidinho.
Talvez eu tenha visto que, a solidão e a saudade andam juntas, como almas gêmeas. Velhas conhecidas por longa data, provocam incômodos e fazem encontros, onde tentam desafiar o sorriso e a alegria, banindo-os para longe as vezes. E foi nisso em que me vi metido. Pensei sair de fininho, mas no final encontrei a porta fechada..
Solidão real talvez seja aquela em que o infeliz que perde suas esperanças, vivendo em um pesadelo constante, vivendo de angústias e cego em relação ao mundo ao seu redor.
E eu, aqui no meio dessas idéias fantasiadas, acreditando na vida e num mundo que pode ser melhor, vi que sou feliz e sozinho, nada demais.

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